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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Fim da Copa Peugeot de Rally no Brasil



Notícia ruim corre rápido, a gente sabe. E o pior é que o automobilismo brasileiro está cheio delas, ultimamente. Sem querer me alongar na questão, mas aqui no país existia de fato um número de categorias que beirava o exagero. Mas impressiona, mais ainda, que várias delas estejam perecendo em curtíssimo espaço de tempo.

A vítima da vez é o Rali. Como se não bastasse o Campeonato Brasileiro de 2012 não ter alcançado o mínimo necessário de etapas para se homologar uma classificação e um campeão, agora é a Copa Peugeot que vai pelos ares.

A etapa que acontecerá no próximo fim de semana em Blumenal e Indaial, no interior de Santa Catarina, é a última do evento, que perdurou pelos últimos cinco anos no Brasil como uma boa e saudável alternativa a quem não dispunha de orçamento suficiente para investir num esquema competitivo de Rali de Velocidade.

Quem passou a informação da extinção da Copa Peugeot foi o navegador Felipe Costa, que forma dupla com Luccas Arnone, via facebook. Os dois disputam o título da categoria 207 Super, a principal da categoria, empatados na classificação com Rafael Túlio/Gilvan Jablonski. Ambas as duplas somam 78 pontos.

É um final de campeonato sensacional do ponto de vista esportivo, mas ao mesmo tempo terrível, tendo em vista o anúncio de sua extinção. Como fica a modalidade, que mal teve um campeonato concluído em 2012 e agora vê uma outra competição, ainda que monomarca, ir para o vinagre?

O Rali nacional pede socorro. O automobilismo brasileiro vive uma crise institucional sem precedentes e não existem soluções a curto/médio prazo para que o esporte não continue perdendo tantos atrativos quanto perdeu nos últimos anos. Claro que a falta de ídolos e títulos no exterior contribui, mas não é só isso. O problema é maior. É administrativo. A atual administração da CBA não existe.

O último que sair, por favor, que apague a luz.

Texto:  Rodrigo Mattar